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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Grandes companhias vão adotar cabotagem

Pesquisa junto a cem maiores empresas do país mostra que os gestores planejam ampliar o uso do transporte de cabotagem (navegação próxima à costa).

A expectativa é de aumento de 36% no volume movimentado nos próximos dois anos, atraindo e remunerando investimentos no setor, de acordo com o Instituto de Logística (Ilos), que elaborou o estudo.

Pouco usada no Brasil, a cabotagem responde por 37% da carga movimentada na União Europeia e 48% dos fretes na China, afirma João Guilherme Araújo, diretor de desenvolvimento e negócios do Ilos. "O sistema funciona bem para trânsito de longa distância com trechos curtos no embarque e desembarque. Por isso, é adequado ao Brasil, onde 80% da economia funcionara em até 200 km da costa." Suas vantagens são a segurança - as cargas não precisam de escolta, como em rodovias - e o custo menor. "Nos EUA, que tem mais estrutura, o custo desse tipo de transporte é 60% menor do que o rodoviário", diz Paulo Resende, da Fundação Dom Cabral.

Além disso, é menos poluidor. A perspectiva de reduzir custos já está atraindo as empresas para o modal, conta Luiza Bublitz, diretora de venda da Mercosul Line, uma das maiores operadoras do país, que prevê crescimento - de cargas transportadas e de faturamento - neste ano.

"Especialmente por conta da pressão de custos, o interesse das empresas é crescente." Alimentos, eletrônicos, bebidas, material de construção e de higiene e limpeza são as mercadorias mais transportadas por cabotagem. Para que o sistema ganhe mais espaço, contudo, é preciso melhorar a infraestrutura portuária e proporcionar maior integração com outros modais. Acontece que o país não conta com portos secundários e, nos primários, os bens vindos de outros estados disputam espaço com os importados, que dão mais rentabilidade aos operadores porque necessitam de armazenagem, que agrega taxas.

O estudo do Ilos foi elaborado para o 18º Forúm Internacional de Logística, que acontecerá entre os dias 20 e 22, no Rio.

Fonte: Brasil Econômico

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